AVAs, por BARBOSA...

Fonte: Ambientes Virtuais de Aprendizagem. Rommel Melgaço Barbosa (organizador).
Porto Alegre: Artmed, 2005.


“A EAD consiste, então, em um processo que enfatiza a construção e a socialização do conhecimento, assim como a operacionalização dos princípios e fins da educação, de modo que qualquer pessoa, independentemente do tempo e do espaço, possa tornar-se agente de sua aprendizagem, devido ao uso de materiais diferenciados e meios de comunicação que permitam a interatividade (síncrona ou assíncrona) e o trabalho colaborativo/cooperativo.” BARBOSA (2005:31).

AVAs - Ambientes Virtuais de Aprendizagem

A grande rede mundial permite conectar-se ao mundo virtual e interagir sem limite de espaço geográfico e a qualquer tempo.
Utilizando uma interface gráfica e textual junto a ferramentas diversas que garantem o processo interativo, a EAD torna-se realidade.
A plataforma para EAD conta com instrumentos para postagem de informações, para comunicação entre os envolvidos, em grupos ou não, enfim, a interface é interativa a ponto de oferecer possibilidade de construção do conhecimento pela troca de experiências por: correio eletrônico, listas de discussão, fórum, salas de bate-papo, agenda, biblioteca, videoconferência ou outra forma.
As atividades colaborativas culminam em textos coletivos que constituem o ciberespaço e a formação da chamada cibercultura.
Os ambientes virtuais de aprendizagem são recursos que oferecem ferramentas ricas para aplicação em cursos nas mais diversas áreas do conhecimento. Alguns são: o Educarede, Teleduc, Rived, e-Proinfo, AulaNet, WebCT, dentre tantos outros.
A avaliação de tais cursos deve ser de forma continuada e formativa, culminando em inteligência coletiva na construção do conhecimento através da aprendizagem cooperativa a qual prevê a transformação do(s) objeto(s) de estudo. Esta reflexão sobre a forma avaliativa advém da complexidade de análise do hipertexto, entendendo este como uma junção de recortes de texto, ou seja, porções de texto interconectados, obedecendo certa hierarquia.

O processo educacional engajado na formação integral, englobando ensino e aprendizagem permanentemente possíveis de reformulação de conceitos, não pode manter atividades que excluam a interação. O envolvimento tecnológico neste processo deve estar vinculado à prática docente, só então estará garantida a construção do conhecimento.
Como a rede permite uma gama enorme de interações, o acesso à informação e à comunicação são imensamente maiores do que o cotidiano da sala de aula tradicional. Uma vez a escola aderindo à tecnologia, permitindo acesso à Internet, o enriquecimento do processo ensino-aprendizagem é garantido. E, por fim, o aproveitamento do ambiente EAD impulsiona o crescimento do educando.
Portanto, a escola que oferece Laboratório de Informática com acesso à Internet e permite aos professores utilizá-lo em benefício da estruturação do trabalho na formação do aluno, incluindo aqui a participação pedagógica, pode cantar vitória, pois estará seguramente dentre as escolas com asas para o futuro.

AS NOVAS TICs E A INTERAVIDADE

Em uma breve e humilde retrospectiva de teorias educacionais com referência epistemológica, podemos dizer que, na educação, teorias apontavam a absorção do conhecimento focado na crença de que o mesmo seria nato ao sujeito. Outros estudos pontuavam que o discurso era a força, isto é, o professor dirigia, agia de forma diretiva, ele era o centro das atenções. Por fim, percebeu-se que a troca, a interação no processo ensino-aprendizagem, alcança maiores resultados.
A interatividade instiga a criatividade, essencial para ser o diferencial na aprendizagem, compreendendo a construção de conhecimentos, os quais não se encontram centrados no sujeito ou no objeto e sim na interação entre ambos e entre sujeitos.

Da forma com que eram trabalhados os conteúdos, em concordância com a tradição do processo ensino-aprendizagem, alguns resultados positivos eram registrados. Porém, com a chegada das novas TICs, os termos texto e contexto, utilizados em larga escala antes, agora são superados por hipertexto e texto coletivo. Se antes alguns resultados eram projetados ampliando horizontes, hoje, estudos apontam novos rumos devido ao advento das TICs, as quais potencializam o processo de interação.
Em suma, o foco foi alterado, o conhecimento passou a ser construído: o objeto de estudo é transformado pela ação coletiva, pela interatividade.
O impacto da tecnologia à educação surtiu efeitos, abriu a veia do pensamento criativo. Tais recursos, por exemplo: rádio, TV, vídeo, foram grandes aliados dos educadores no estímulo para conquistar os educandos na busca da apreensão do conhecimento.
Com a chegada do computador, mudanças foram evidentes, além de necessárias.
O surgimento da sociedade tecnológica é inconteste. A inteligência artificial ganhou espaço e se apossou, mostrando eficiência e rapidez no acesso a informações.
As novas TICs reformam o ensino, sendo o principal instrumento prático para a aprendizagem colaborativa e cooperativa, a qual permite autonomia aos sujeitos.

*** A imagem dos palhacinhos de mãos dadas representam a união das disciplinas em prol do crescimento dos alunos.